BIO
   

biografia

Músico, compositor e produtor musical, nasceu em fevereiro de 1958, em São Paulo. Filho do poeta Augusto de Campos, ainda pequeno ele ouvia, em casa, Webern, Cage, Varèse, Stockhausen, Beatles, Hendrix, Janis Joplin, João Gilberto e assistia a shows particulares de Caetano, Tom Zé, Novos Baianos. Nos anos 70, teve atuação intensa como baixista e compositor, assimilando a linguagem da música pop, do rock, do jazz e da MPB. Participou dos grupos Papa Poluição e Sexo dos Anjos (ao lado de Luiz Brasil e Felipe Ávila entre outros). Época efervescente do Lira Paulistana, das linguagens alternativas e das ousadias da música popular pós-tropicalista, de Walter Franco a Arrigo Barnabé. Pouco adiante, integrou o grupo de rock Zipertensão que com a composição "Vamp Neguinha" (letra e música suas) criou polêmica no Festival dos Festivais da Globo em 1985. Ao longo de sua carreira, participou de discos e shows de Walter Franco, Tom Zé, Péricles Cavalcanti e Adriana Calcanhotto, entre outros.

Desde a década de 80 dedica-se a atividades musicais interdisciplinares, tendo participado, entre outros, dos eventos: "O Risco do Movimento" – composição musical e improvisações em baixo elétrico em espetáculo de luz, som e movimento no Teatro Sesc Pompéia (1982) e "Terminal Sonora" – instalação de música, dança e poesia, na exposição" Trama do Gosto", promovida pela Bienal de São Paulo (1987).

Suas intervenções nessa área ganharam incremento na década de 90, após a montagem do seu estúdio (MC2 Studio). No convívio com o universo da música digital, seu trabalho de compositor e arranjador se abriu para diversas atuações. Trilhas sonoras para filmes e vídeos, balés, instalações, espetáculos multimídia, com ênfase na arte experimental.

A destacar, a direção musical e as composições em programas e vídeo-documentários da TV Cultura de São Paulo sobre os artistas plásticos Tomie Othake, Wesley Duke Lee, Burle–Marx, Maurício Nogueira Lima, e, ainda, "Poetas de Campos e Espaços" (sobre o grupo Noigandres, Augusto e Haroldo de Campos e Décio Pignatari, e a poesia concreta), em 1992. E a criação da música para diversos vídeos experimentais de Walter Silveira , entre os quais "Wesley Duke Lee", (1992), "Xilo VT e/ou Elogio do Xilo" "Maria Bonomi", 1994, "Arte–Cidade, 1997. Do mesmo período é a sua contribuição musical para "Cidade/city/cité", instalação fonoluminosa do poema de Augusto de Campos, na mostra coletiva "Homenagem à Avenida Paulista", promovida pelo SESC– Galeria Paulista (1991).

Especializando–se no tratamento sonoro e musical do texto poético, produziu o CD "Poesia é Risco" (PolyGram 1995), em que atuou como compositor, cantor e instrumentista, associando música e tratamento sonoro às leituras de Augusto de Campos de poemas seus e do simbolista baiano Pedro Kilkerry e de suas traduções de Blake, Rimbaud, Joyce, Cummings. Na linha de trabalho de musicalização das leituras de poemas, produziu ainda dois outros CDs: o disco-documento "Ouvindo Oswald", que recuperou as leituras do grande poeta modernista, acrescentando-lhe novas interpretações e o CD da trilha sonora de poemas traduzidos da Bíblia, "Profetas em Movimento"

A partir do mesmo CD, Augusto e Cid — que já se vinham apresentando juntos desde 1994, inclusive no exterior (Center of Fine Arts e Universidade da Florida, 1994) completaram a montagem de um espetáculo "verbivocovisual", com a cooperação do videopoeta Walter Silveira — performance que percorreu cidades brasileiras e estrangeiras, tendo integrado, em 1999, a convite de Caetano Veloso, suas apresentações na Cité de la Musique, e tendo paricipado, a seguir, de eventos culturais em Genebra e em Marselha (2001 -2002).

Em NO LAGO DO OLHO (2001), primeiro CD integralmente dedicado às composições de Cid, a experiência da poesia-música com Augusto de Campos se amplia na homenagem aos poetas Décio Pignatari, Haroldo de Campos, José Lino Grünewald e Ronaldo Azeredo e na incorporação de um elenco mais jovem dos poetas experimentais: Lenora de Barros, Walter Silveira e Arnaldo Antunes. Da poesia-música brota ainda a música-poesia das composições do seu segundo disco-solo, FALA DA PALAVRA (2004), onde o diálogo entre composição musical e texto poético se aprofunda associando suas letras-poemas à linguagem dos novos poetas e a textos aparantemenate impermeáveis à musicalização, do soneto monossilábico do poeta barroco alemão Quirinus Kuhlmann ao poema-bilhete-suicida de Maiakóvski.

Ao longo de sua carreira, participou de vários espetáculos exclusivamente experimentais (Lívio Trajtenberg, Madalena Bernardes entre outros).

Mais recentemente, criou com os poetas Arnaldo Antunes, Walter Silveira, Lenora de Barros e João Bandeira mais o videomaker Grima Grimaldi o espetáculo mulrtimída POEMIX BR.

Em 2009 lançou pelo Selo Sesc, o CD infantil CRIANÇAS CRIONÇAS, com o show poético-musical-teatral, que vem apresentando em São Paulo e no interior.

A par das apresentações de espetáculos "verbivocovisuais", vem realizando aulas-shows e "work-shows" com tecnologia de ponta, como POEMÚSICA (2010), ao lado de Augusto de Campos e Adriana Calcanhotto.

 
     
 
 
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